Comparação entre Ásia e África:
Caso 1: A região da Ásia tropical úmida apresenta uma densidade média de cerca de 175 habitantes por km2.
No restante das regiões do mundo tropical úmido, as densidades médias não alcançam 15 habitantes por km2. Por que os trópicos asiáticos têm uma população maior? Será porque nessa região as condições são melhores do que nas outras regiões tropicais? Tal diferença não pode ser atribuída a uma superioridade natural dos trópicos asiáticos em relação ao restante do mundo tropical. Então, qual é a razão de tal diferença?
Essa região foi o berço das técnicas da rizicultura inundada, que permitiu alimentar fortes densidades populacionais.
Em 1984 essa região contava com 140 milhões de hectares de terras irrigadas. A familiaridade dos asiáticos com essas técnicas lhes permitiu participar mais facilmente da “revolução verde”.
Caso 2: A região da África tropical úmida ignorava o essencial das técnicas hidráulicas na agricultura e (irrigação) até 20 anos atrás. Em 1984, a África tropical contava com apenas 9 milhões de hectares de terras irrigadas. A carência de técnicas hidráulicas é um freio para a adoção de uma agricultura com variedades de cereais de alto rendimento.
Algumas orientações e questões podem ajudar na comparação que está sendo feita entre esses dois casos:
Rizicultura inundada: plantação de arroz em terreno encharcado de água; técnicas hidráulicas e irrigação: sistemas e técnicas para acesso a água na produção agrícola;
revolução verde: referência ao impressionante aumento da produção agrícola na segunda metade do século XX, algo marcado pelo uso intensivo de tecnologias (irrigação, máquinas e implementos agrícolas, fertilizantes e agrotóxicos etc.) e pela monocultura, produção intensiva de um único tipo de lavoura.
Pode-se afirmar que na Ásia tropical há gente demais?
Não. Embora a densidade demográfica da região seja alta, a população vive em melhores condições de vida em termos de alimentação.
NOTA - > No campo de alguns países desenvolvidos estão em vigência elementos do que se convencionou chamar de revolução verde. Uma agricultura de alta produtividade, resultado da melhoria genética das sementes, grande utilização de insumos e defensivos agrícola de base industrial; intensa mecanização, redução do custo de manejo; que obtém maior produtividade com menos mão de obra.
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