CIDADES GLOBAIS
Os conteúdos previstos para a 8a série apresentam uma inovação importante com relação à Geografia escolar anterior: reconhece-se que as realidades espaciais que vivemos combinam relações e fenômenos de escalas geográficas distintas (local, regional e global). Isso Permite perceber que o local (uma cidade, por exemplo) é espaço de manifestação do global e que, no âmbito global, podem existir relações fortemente influenciadas por cidades muito poderosas, quer dizer, pela escala local.
Dito de outro modo: viver em grandes cidades implica ter acesso direto às relações globais. Daí nasce a ideia de cidade global (escala local ↔ escala global).
Conhecer a rede das cidades globais seria identificar a base geográfica da globalização.
Em um mundo com essa complexidade de ordenação, em que as interações entre as
pessoas e os lugares foram muito intensificadas, formam-se redes sociais novas, que
se organizam para além dos territórios nacionais.
Assim, temos sociedades territoriais e redes sociais que se espraiam de diversos modos em várias escalas, como, por exemplo, as redes turísticas.
As redes sociais que as novas possibilidades geográficas propiciam são notavelmente
expressas pelas redes espaciais do turismo, uma atividade símbolo do novo mundo de interações
que se constrói. O turista é o cidadão desenraizado, que deve ter seus direitos preservados
e deve ser protegido, mas ele, nessa condição, vive em rede, vive em trânsito, e consome
lugares diferentes do seu local de origem.
Outro aspecto, já mencionado, destacado como discussão necessária à compreensão do
mundo contemporâneo, refere-se à capacidade das organizações que operam em escala mundial
de influenciar e agir com mais eficácia e poder.
A Situação de Aprendizagem 4 propõe reflexões sobre as redes de ilegalidade, exemplo de suma
importância para ilustrar esse caso. Essas redes também estão em expansão e são mais acessíveis
e desembaraçadas num mundo que ainda não construiu controles para o funcionamento
seguro e democrático da escala global.
REVISÃO:
observações importantes:
1. O que são commodities?
São produtos com origem no setor primário (agricultura ou minerais), que são comercializados nas
bolsas de valores do mundo todo. Exemplos: café, trigo, minério de ferro, petróleo etc.
2. Diferenças entre as expressões megacidade e cidade global.
A primeira valoriza o aspecto quantitativo, não importando em que tipo de país ou região a cidade se localiza,
referindo-se às maiores cidades do mundo, considerando-se o patamar mínimo de 10 milhões de
habitantes. Em contrapartida, chame a atenção para o fato de que a expressão “cidade global” não leva
em conta o número de habitantes, mas sim a sua capacidade de influenciar os acontecimentos mundiais,
agregando serviços e concentrando grandes fluxos de transporte e comunicações.
REDES:
globalização intensifica tráfico internacional de drogas
O fenômeno da globalização reflete em setores que vão além da economia mundial, passando,
inclusive, por atividades ilícitas. A avaliação foi feita pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF),
Luiz Fernando Corrêa, ao falar hoje (25) sobre o treinamento policial unificado entre países da América
do Sul e África para reduzir o tráfico de drogas para o continente europeu.
“A movimentação de pessoas hoje está facilitada no mundo, as barreiras e fronteiras foram minimizadas.
Além de ter relações institucionais, temos que ter uma operação funcional mais íntima. Assim
como fomos buscar nos países mais experientes, queremos transferir conhecimento para países que
estão um passo atrás em termos de capacidade de investigação e formação de efetivos.”
Corrêa reforçou que, à medida que o país melhora suas relações comerciais e a capacidade de transporte,
não só de pessoas, mas também do próprio comércio legal, tais “facilidades” tendem a ser utilizadas
pelo crime organizado.
“Temos que estar atentos e nos preparar. A rota é aquela possível e favorável no momento. O que cabe
é ter inteligência para detectar que determinada atividade possa ser utilizada indevidamente pelo crime.”
Agentes e peritos de países africanos como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, além
de nações sul-americanas como Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e uruguai, começaram a ser
treinados hoje (25) pela PF brasileira, em parceria com o Escritório das Nações unidas Contra Drogas
e Crime (uNODC).
Ao todo, 350 alunos – incluindo os aprovados no último concurso da PF e 32 estrangeiros – foram
divididos em nove turmas. O curso deve durar quatro meses e meio e tem como objetivo reduzir
a rota do tráfico das drogas que saem da América do Sul rumo à Europa, passando por países do
continente africano.
Na experiência cotidiana da vida urbana
moderna, não somente nas grandes cidades,
mas também nas cidades médias, o consumo
apresenta-se muitas vezes organizado em redes.
Aliás, essa é a forma popular de os consumidores
se referirem a certos tipos de negócios.
Essas redes estão nos ramos de alimentos
(lanchonetes de fast-food, pizzarias, restaurantes);
de roupas e calçados; de equipamentos
esportivos; de cosméticos; e de vários outros.
Muitas dessas redes não se restringem à escala
do Brasil, pois são, na verdade, redes que se
estruturam na escala mundial, instalando-se,
no mínimo, em capitais de diversos países
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