Concentração Industrial:
A Geografia Industrial brasileira está marcada,
desde a sua constituição ao longo do século XX, por se manifestar a partir de
uma concentração espacial, em que a maioria das atividades fabris
desenvolveu-se na região Sudeste do país. Posteriormente, em função de uma
série de fatores, o país iniciou uma perspectiva inversa, caracterizando uma
desconcentração industrial, com migrações de empresas para o interior dos
estados e regiões menos industrializadas.
Concentração Industrial
Durante o período brasileiro do Estado Novo
(1937-1945), em resposta à Grande Depressão iniciada em 1929, iniciaram-se as
políticas em favor da implantação de indústrias no país, que se intensificaram
a partir da década de 1950, durante a aplicação do Plano de Metas. Nesse
contexto, instaurou-se no país a chamada industrialização por substituição
de importações.
Contudo, a infraestrutura nacional, em função da
grande influência da elite cafeeira do Sudeste brasileiro nos anos anteriores,
encontrava-se limitada à região Sudeste do país, o que favoreceu a formação de
um processo de concentração industrial. Além disso, nesse período, a indústria
vivia um período em que se preconizava a produção em massa e as chamadas economias
de aglomeração.
Graças a esse contexto, o Sudeste brasileiro, com
destaque para a Região Metropolitana de São Paulo, passou a angariar
praticamente todos os recursos naturais, contando, a partir de então, com uma
elevada concentração populacional, ampla mão de obra e mercado consumidor
elevado.
Desconcentração Industrial
Essa dinâmica começou a se alterar apenas a
partir da década de 1970, quando o poder público iniciou uma série de
planejamentos a fim de gerar uma maior democratização no espaço industrial do
país. Uma das medidas foi a criação da Sudam (Superintendência de
desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de desenvolvimento
do Nordeste).
Outra ação foi a autorização do Governo Federal
dada aos governos estaduais de promoverem incentivos fiscais para a presença de
indústrias em seus territórios. Com isso, teve início a chamada Guerra
Fiscal ou Guerra dos Lugares, em que as unidades
federativas, por meio de isenções de impostos e outros benefícios, passaram a
competir pela manutenção de empresas em suas localidades, a fim de dinamizar
suas economias e elevar a quantidade de empregos.
Soma-se a essas questões políticas o fato de que,
com os avanços tecnológicos nos meios de transporte e comunicações, não eram
mais necessárias uma aglomeração industrial e, tampouco, a proximidade entre
indústria e mercado consumidor. Por isso, muitas empresas resolveram migrar
para regiões interioranas e cidades médias, longe dos problemas relacionados às
grandes cidades.
Porém, é precipitado afirmar, por exemplo, que
cidades como São Paulo deixaram de se industrializar. Na verdade, o que houve
foi uma queda no crescimento do número de empresas no Sudeste brasileiro, mas
trata-se de algo ainda muito tímido e que tende a intensificar-se nos próximos
tempos. Além disso, a capital paulista é um dos exemplos do processo de
modernização produtiva, em que as antigas fábricas vão sendo gradualmente
substituídas por frentes tecnológicas de serviços.
a Primeira Revolução
Industrial no Brasil somente foi completada
em 1930, tendo ocorrido com mais de cem
anos de atraso em relação aos centros mundiais
do capitalismo.
convém ressaltar: as relações
escravistas de trabalho, o pequeno mercado
interno, o Estado alheio à industrialização e
as forças produtivas pouco desenvolvidas
Observar que,
entre 1880 e 1930, foram implantados os principais
setores da indústria de bens de consumo
não-duráveis ou indústria leve, e que, em razão
de se manter numa situação de dependência em
relação aos países mais industrializados, o Brasil
não dispunha de indústrias de bens de capital
ou de produção, algo essencial para o desenvolvimento
econômico de uma nação ou país.
Em continuidade, explicar que a inserção
do Brasil na Segunda Revolução Industrial
também se deu com cerca de cem anos de
atraso em relação aos centros mundiais do
capitalismo, podendo ser dividida em dois
períodos: de 1930 a 1955, que corresponde
à política nacional desenvolvimentista do
governo Getúlio Vargas, responsável pelo
início da implantação da indústria de base
no Brasil; e de 1956 a 1980, que, inicialmente
alicerçado no plano de metas que propunha
“crescer 50 anos em 5”, marco da política
desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek
de Oliveira, corresponde ao período de incremento
e consolidação da indústria de base,
com fortes investimentos estatais nos setores
de energia e transportes, com vistas a fortalecer
as condições estruturais para o ingresso
do capital internacional no Brasil.
Destacar, acerca do primeiro período
(1930-1955), a política nacionalista da Era
Vargas (1930-1945) e de seu segundo governo
(1952-1954), que se caracterizou pelo desenvolvimento
autônomo com base industrial.
Para exemplificar tal política, é interessante
remeter os alunos para a Figura 2, focalizando,
ao menos, o caso da construção da
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),
em Volta Redonda (RJ)
marco importante para a industrialização
do Brasil, busque ressaltar o impulso
à industrialização brasileira em virtude
da II Guerra Mundial (1939-1945). A visão
de conjunto sobre esse conteúdo poderá ser
construída com os alunos remetendo-os para
o material didático adotado e para a rica
documentação a respeito na página “CSN,
uma decisão política”, do site
<http://www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/csn.htm>.
Plano de
Metas, com o lema “Crescer 50 anos em 5”, governo JK
De 1956 a 1961, que corresponde ao mandato
de Juscelino Kubitschek, no qual
ocorreu o incremento da indústria de bens
de consumo duráveis (principalmente automóveis
e eletrodomésticos) e de setores
básicos (energia elétrica e siderurgia). Esclareça
que as diretrizes gerais quanto à
industrialização dos governos Vargas e
Kubitschek basearam-se no processo de
substituição de importações. Contudo, no
segundo caso, explique que foi adotado
um modelo de desenvolvimento associado
ao capital estrangeiro.
O
projeto de transposição do Rio São
Francisco é um tema bastante polêmico, pois
engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há
muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo,
trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um
dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na
manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e
abastecimento.
O Rio São Francisco
O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem.
O projeto é antigo, foi concebido em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, sendo, em 1999, transferido para o Ministério da Integração Nacional e acompanhado por vários ministérios desde então, assim como, pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba.
O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco (Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu.
O Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco.
Ambos os eixos serão construídos para uma capacidade máxima de vazão de 99m³/s e 28m³/s respectivamente sendo que, trabalharão com uma vazão contínua de 16,4m³/s no eixo norte e 10m³/s no eixo leste.
Por outro lado, a corrente contra as obras de transposição do Rio São Francisco afirma que a obra é nada mais que uma “transamazônica hídrica”, e que além de demasiado cara a transposição do rio não será capaz de suprir a necessidade da população da região uma vez que o problema não seria o déficit hídrico que não existe, o problema seria a má administração dos recursos existentes uma vez que a maior parte da água é destinada a irrigação e que diversas obras, que poderiam suprir a necessidade de distribuição da água pela região, estão há anos inconclusas.
Para se ter uma idéia, o nordeste é a região mais açudada do mundo com 70 mil açudes nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água. Portanto, o problema da seca poderia ser resolvido apenas com a conclusão das mais de 23 obras de distribuição que estão paradas nos municípios contemplados pela obra de transposição a um custo muito mais barato e viável do que a transposição do maior rio inteiramente nacional.
Fontes
http://ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com
http://www.manuelzao.ufmg.br
http://www.integracao.gov.br
Metrópole é um termo que pode designar
a cidade principal ou
capital de um determinado país ou província, ou
ainda, alguma cidade que, por algum motivo, exerce influência (cultural,
social, econômica) sobre as demais cidades da região metropolitana. Pode
designar, também, de forma oficial, a cidade principal de um conjunto de
cidades que encontram-se unidas geograficamente. A esse processo de junção das
cidades devido ao crescimento horizontal das mesmas, dá-se o nome de “ conurbação”.
E à região onde ocorre a conurbação, chama-se de “região metropolitana”.
Megalópole seria o aglomerado (conurbação) de várias metrópoles ou regiões metropolitanas como, por exemplo, a faixa que se estende pela costa norte-americana desde Boston a Washington e compreende Nova York, Filadélfia e Baltimore, constituindo a maior megalópole do mundo.
Mas, como nessa época as populações não contavam com as tecnologias atuais para evitar desastres como a erosão do solo e a escassez hídrica, todas elas desapareceram, embora, uma característica comum de todas elas, tenha sido o desenvolvimento espetacular (para a época) das tecnologias agrícolas.
São Paulo (Brasil) é a terceira maior metrópole do mundo com mais de 10,5 milhões de pessoas em um território de 1.530 km² e vários superlativos como, o maior terminal rodoviário da América Latina
Em segundo lugar vem Tóquio (Japão) com aproximadamente 12 milhões habitantes. Localizada em Honshu, a maior ilha do arquipélago japonês, Tóquio é considerada a maior aglomeração urbana do mundo com 10% da população do Japão.
E, em primeiro lugar temos Nova York (EUA), a “Big Apple” como é chamada, com uma população de quase 19 milhões habitantes (metrópole).
Fontes:
http://pessoal.educacional.com.br, http://tecnocientista.info, http://cidadesmundo.home.sapo.pt
O cultivo de soja
O Brasil é o maior exportador de soja cultivada em grandes fazendas monocultoras. Mas, para dar origem a essas fazendas, é necessário dizimar milhares de espécies vegetais, eliminando ecossistemas importantes para a manutenção da vida animal e, assim, alterando a biodiversidade e o clima (a Floresta Amazônica fornece de 20 a 40% da umidade que forma o clima da região central do Brasil). E, das atividades que promovem o desmatamento da Floresta Amazônica, o cultivo de soja é uma das mais lucrativas. Além disso, a infra-estrutura que se criou para o transporte desse grão é também causadora de desflorestamento.
As
cidades globais, também conhecidas como metrópoles mundiais, são grandes
aglomerações urbanas que funcionam como centros de influência internacional.
Estão no topo da hierarquia urbana. São dotadas de técnica e conhecimento em
serviços de elevada influência nas decisões vinculadas à economia globalizada e
ao progresso tecnológico.
Nessas cidades, há grande concentração e movimentação financeira, sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de transnacionais, importantes centros de pesquisas, presença de escritórios das principais empresas mundiais em consultoria, contabilidade, publicidade, bancos e advocacia, além das principais universidades.
São dotadas de infraestrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, aeroportos, bolsa de valores e sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, centros de convenções e eventos, museus e bancos. Possuem serviços bastante diversificados, como jornais, teatros, cinemas, editoras, agências de publicidade, entre outros.
Nessas cidades, há grande concentração e movimentação financeira, sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de transnacionais, importantes centros de pesquisas, presença de escritórios das principais empresas mundiais em consultoria, contabilidade, publicidade, bancos e advocacia, além das principais universidades.
São dotadas de infraestrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, aeroportos, bolsa de valores e sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, centros de convenções e eventos, museus e bancos. Possuem serviços bastante diversificados, como jornais, teatros, cinemas, editoras, agências de publicidade, entre outros.