quarta-feira, 10 de junho de 2015

INDUSTRIALIZACAO




Concentração Industrial:

 

A Geografia Industrial brasileira está marcada, desde a sua constituição ao longo do século XX, por se manifestar a partir de uma concentração espacial, em que a maioria das atividades fabris desenvolveu-se na região Sudeste do país. Posteriormente, em função de uma série de fatores, o país iniciou uma perspectiva inversa, caracterizando uma desconcentração industrial, com migrações de empresas para o interior dos estados e regiões menos industrializadas.

Concentração Industrial

Durante o período brasileiro do Estado Novo (1937-1945), em resposta à Grande Depressão iniciada em 1929, iniciaram-se as políticas em favor da implantação de indústrias no país, que se intensificaram a partir da década de 1950, durante a aplicação do Plano de Metas. Nesse contexto, instaurou-se no país a chamada industrialização por substituição de importações.

Contudo, a infraestrutura nacional, em função da grande influência da elite cafeeira do Sudeste brasileiro nos anos anteriores, encontrava-se limitada à região Sudeste do país, o que favoreceu a formação de um processo de concentração industrial. Além disso, nesse período, a indústria vivia um período em que se preconizava a produção em massa e as chamadas economias de aglomeração.

Graças a esse contexto, o Sudeste brasileiro, com destaque para a Região Metropolitana de São Paulo, passou a angariar praticamente todos os recursos naturais, contando, a partir de então, com uma elevada concentração populacional, ampla mão de obra e mercado consumidor elevado.

Desconcentração Industrial

Essa dinâmica começou a se alterar apenas a partir da década de 1970, quando o poder público iniciou uma série de planejamentos a fim de gerar uma maior democratização no espaço industrial do país. Uma das medidas foi a criação da Sudam (Superintendência de desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de desenvolvimento do Nordeste).

Outra ação foi a autorização do Governo Federal dada aos governos estaduais de promoverem incentivos fiscais para a presença de indústrias em seus territórios. Com isso, teve início a chamada Guerra Fiscal ou Guerra dos Lugares, em que as unidades federativas, por meio de isenções de impostos e outros benefícios, passaram a competir pela manutenção de empresas em suas localidades, a fim de dinamizar suas economias e elevar a quantidade de empregos.

Soma-se a essas questões políticas o fato de que, com os avanços tecnológicos nos meios de transporte e comunicações, não eram mais necessárias uma aglomeração industrial e, tampouco, a proximidade entre indústria e mercado consumidor. Por isso, muitas empresas resolveram migrar para regiões interioranas e cidades médias, longe dos problemas relacionados às grandes cidades.

Porém, é precipitado afirmar, por exemplo, que cidades como São Paulo deixaram de se industrializar. Na verdade, o que houve foi uma queda no crescimento do número de empresas no Sudeste brasileiro, mas trata-se de algo ainda muito tímido e que tende a intensificar-se nos próximos tempos. Além disso, a capital paulista é um dos exemplos do processo de modernização produtiva, em que as antigas fábricas vão sendo gradualmente substituídas por frentes tecnológicas de serviços.

 

a Primeira Revolução

Industrial no Brasil somente foi completada

em 1930, tendo ocorrido com mais de cem

anos de atraso em relação aos centros mundiais

do capitalismo.

 

convém ressaltar: as relações

escravistas de trabalho, o pequeno mercado

interno, o Estado alheio à industrialização e

as forças produtivas pouco desenvolvidas

 



Observar que,

 

 

entre 1880 e 1930, foram implantados os principais

setores da indústria de bens de consumo

não-duráveis ou indústria leve, e que, em razão

de se manter numa situação de dependência em

relação aos países mais industrializados, o Brasil

não dispunha de indústrias de bens de capital

ou de produção, algo essencial para o desenvolvimento

econômico de uma nação ou país.

Em continuidade, explicar que a inserção

do Brasil na Segunda Revolução Industrial

também se deu com cerca de cem anos de

atraso em relação aos centros mundiais do

capitalismo, podendo ser dividida em dois

períodos: de 1930 a 1955, que corresponde

à política nacional desenvolvimentista do

governo Getúlio Vargas, responsável pelo

início da implantação da indústria de base

no Brasil; e de 1956 a 1980, que, inicialmente

alicerçado no plano de metas que propunha

“crescer 50 anos em 5”, marco da política

desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek

de Oliveira, corresponde ao período de incremento

e consolidação da indústria de base,

com fortes investimentos estatais nos setores

de energia e transportes, com vistas a fortalecer

as condições estruturais para o ingresso

do capital internacional no Brasil.

Destacar, acerca do primeiro período

(1930-1955), a política nacionalista da Era

Vargas (1930-1945) e de seu segundo governo

(1952-1954), que se caracterizou pelo desenvolvimento

autônomo com base industrial.

Para exemplificar tal política, é interessante

remeter os alunos para a Figura 2, focalizando,

ao menos, o caso da construção da

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),

em Volta Redonda (RJ)

 

 

marco importante para a industrialização

do Brasil, busque ressaltar o impulso

à industrialização brasileira em virtude

da II Guerra Mundial (1939-1945). A visão

de conjunto sobre esse conteúdo poderá ser

construída com os alunos remetendo-os para

o material didático adotado e para a rica

documentação a respeito na página “CSN,

 

uma decisão política”, do site



<http://www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/csn.htm>.

Plano de

Metas, com o lema “Crescer 50 anos em 5”, governo JK

 

De 1956 a 1961, que corresponde ao mandato

de Juscelino Kubitschek, no qual

ocorreu o incremento da indústria de bens

de consumo duráveis (principalmente automóveis

e eletrodomésticos) e de setores

básicos (energia elétrica e siderurgia). Esclareça

que as diretrizes gerais quanto à

industrialização dos governos Vargas e

Kubitschek basearam-se no processo de

substituição de importações. Contudo, no

segundo caso, explique que foi adotado

um modelo de desenvolvimento associado

ao capital estrangeiro.

 

 

O projeto de transposição do Rio São Francisco  é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.

O Rio São Francisco  nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e, depois de passar por cinco Estados brasileiros e cerca de 2,7 mil km de extensão, deságua no Oceano Atlântico na divisa entre Sergipe e Alagoas.

Considerado o “rio da unidade nacional”, o Velho Chico, como também é chamado, passa por regiões de condições climáticas as mais diversas. Em Minas Gerais, que responde por apenas 37% da sua área total, o São Francisco recebe praticamente todo o seu deflúvio (cerca de 75%) sendo que nas demais regiões por onde passa o clima é seco e semi-árido.

O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem.

O projeto é antigo, foi concebido em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, sendo, em 1999, transferido para o Ministério da Integração Nacional e acompanhado por vários ministérios desde então, assim como, pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba.

O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco (Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu.

O Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco.

Ambos os eixos serão construídos para uma capacidade máxima de vazão de 99m³/s e 28m³/s respectivamente sendo que, trabalharão com uma vazão contínua de 16,4m³/s no eixo norte e 10m³/s no eixo leste.

Por outro lado, a corrente contra as obras de transposição do Rio São Francisco afirma que a obra é nada mais que uma “transamazônica hídrica”, e que além de demasiado cara a transposição do rio não será capaz de suprir a necessidade da população da região uma vez que o problema não seria o déficit hídrico que não existe, o problema seria a má administração dos recursos existentes uma vez que a maior parte da água é destinada a irrigação e que diversas obras, que poderiam suprir a necessidade de distribuição da água pela região, estão há anos inconclusas.

Para se ter uma idéia, o nordeste é a região mais açudada do mundo com 70 mil açudes nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água. Portanto, o problema da seca poderia ser resolvido apenas com a conclusão das mais de 23 obras de distribuição que estão paradas nos municípios contemplados pela obra de transposição a um custo muito mais barato e viável do que a transposição do maior rio inteiramente nacional.

Fontes
http://ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com
http://www.manuelzao.ufmg.br
http://www.integracao.gov.br 


 

Metrópole é um termo que pode designar a cidade  principal ou capital de um determinado país ou província, ou ainda, alguma cidade que, por algum motivo, exerce influência (cultural, social, econômica) sobre as demais cidades da região metropolitana. Pode designar, também, de forma oficial, a cidade principal de um conjunto de cidades que encontram-se unidas geograficamente. A esse processo de junção das cidades devido ao crescimento horizontal das mesmas, dá-se o nome de “conurbação”. E à região onde ocorre a conurbação, chama-se de “região metropolitana”.

Megalópole seria o aglomerado (conurbação) de várias metrópoles ou regiões metropolitanas como, por exemplo, a faixa que se estende pela costa norte-americana desde Boston a Washington e compreende Nova York, Filadélfia e Baltimore, constituindo a maior megalópole do mundo.

Ambos os termos se referem a tipos de aglomerações urbanas muito comuns à partir da Revolução Industrial. Mas, muito antes disso, já haviam núcleos urbanos com milhares de pessoas em diversas partes do mundo, como a metrópole maia de Tikal na América Central. E, mais recentemente descoberta, a megalópole de Angkor no Camboja que, segundo as estimativas dos cientistas, pode ter sido o maior aglomerado urbano anterior a Revolução Industrial com mais de 1.000 km².

Mas, como nessa época as populações não contavam com as tecnologias atuais para evitar desastres como a erosão do solo e a escassez hídrica, todas elas desapareceram, embora, uma característica comum de todas elas, tenha sido o desenvolvimento espetacular (para a época) das tecnologias agrícolas.

São Paulo (Brasil) é a terceira maior metrópole do mundo com mais de 10,5 milhões de pessoas em um território de 1.530 km² e vários superlativos como, o maior terminal rodoviário da América Latina  (Tietê) e a maior realizadora de eventos da América Latina com 1 evento a cada seis segundos.

Em segundo lugar vem Tóquio (Japão) com aproximadamente 12 milhões habitantes. Localizada em Honshu, a maior ilha do arquipélago japonês, Tóquio é considerada a maior aglomeração urbana do mundo com 10% da população do Japão.

E, em primeiro lugar temos Nova York (EUA), a “Big Apple” como é chamada, com uma população de quase 19 milhões habitantes (metrópole).

Fontes:
http://pessoal.educacional.com.br, http://tecnocientista.info, http://cidadesmundo.home.sapo.pt


 

 O cultivo de soja


O Brasil é o maior exportador de soja cultivada em grandes fazendas monocultoras. Mas, para dar origem a essas fazendas, é necessário dizimar milhares de espécies vegetais, eliminando ecossistemas importantes para a manutenção da vida animal e, assim, alterando a biodiversidade e o clima (a Floresta Amazônica fornece de 20 a 40% da umidade que forma o clima da região central do Brasil). E, das atividades que promovem o desmatamento da Floresta Amazônica, o cultivo de soja é uma das mais lucrativas. Além disso, a infra-estrutura que se criou para o transporte desse grão é também causadora de desflorestamento.

 

 

As cidades globais, também conhecidas como metrópoles mundiais, são grandes aglomerações urbanas que funcionam como centros de influência internacional. Estão no topo da hierarquia urbana. São dotadas de técnica e conhecimento em serviços de elevada influência nas decisões vinculadas à economia globalizada e ao progresso tecnológico.

Nessas cidades, há grande concentração e movimentação financeira, sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de transnacionais, importantes centros de pesquisas, presença de escritórios das principais empresas mundiais em consultoria, contabilidade, publicidade, bancos e advocacia, além das principais universidades.

São dotadas de infraestrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, aeroportos, bolsa de valores e sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, centros de convenções e eventos, museus e bancos. Possuem serviços bastante diversificados, como jornais, teatros, cinemas, editoras, agências de publicidade, entre outros.